MUNDIAL DE FUTEBOL DE PRAIA: A ANÁLISE DO SELECCIONADOR NACIONAL

A selecção nacional de futebol de praia realizou dois jogos-treino com a Bielorrússia: ganhou o primeiro (marcação de penáltis)e perdeu o segundo, ambos realizados na Praia do Ouro, em Sesimbra, onde Portugal regressa para o último estágio (entre 10 e 13 de Novembro) antes da partida para o Paraguai, onde se efectua o campeonato do Mundo entre 21 de Novembro e 1 de Dezembro de 2019. Para o seleccionador nacional, Mário Narciso, estes jogos são sempre “positivos”, independentemente dos resultados, porque “dá para ver aquilo que a equipa fez de bom e de menos bom e tirar as devidas ilações”.

– Portugal, actual campeão da Europa e segundo do ‘ranking’ mundial atrás do Brasil é um dos candidatos ao título, ou não?

– Em qualquer jogo, Portugal entra sempre com o propósito de ganhar. Porém, neste campeonato do Mundo vamos encontrar grandes selecções: Brasil, Rússia, Itália, Tahiti, Omã, isto é, há sete/oito equipas candidatas ao título e Portugal é uma delas.

– O futebol de praia tem crescido em termos de qualidade, ou nem por isso?

– Hoje já se trabalha mais a sério em vários países e os resultados aparecem. O tempo em que os jogadores vinham do futebol (de 11) em fim de carreira felizmente já acabou. Hoje, os que gostam desta modalidade começam a praticá-la ainda crianças. Há mais qualidade dentro da quantidade, vemos miúdos com dez anos a jogar futebol de praia, já nasceram para a modalidade que, no nosso País, se pratica no litoral, sobretudo em Sesimbra, Nazaré e Póvoa do Varzim.

-O público adere agora mais ao futebol de praia…

– As pessoas estão mais identificadas com a modalidade, hoje já conhecem as regras do jogo, já entendem melhor o seu funcionamento. Assim, o interesse amentou. Na Europa é onde se concentram a maioria das boas equipas. Neste Mundial vão estar presentes cinco selecções europeias, duas da América do Sul e duas da América do Norte e uma da Oceânia, o Tahiti.

– O Brasil é o principal candidato ao título mundial.

– Sem dúvida. No Brasil podem construir 50 selecções do mesmo nível. O Paraguai evoluiu muito, a Argentina também, mas na Europa é que se verificou um crescimento maior. Na Oceânia só há o Tahiti a praticar a modalidade.

– E a arbitragem melhorou, ou não?

– O nível da arbitragem está a crescer, mas 99% dos árbitros são oriundos de outras modalidades, sobretudo do futebol e do futsal. Ainda não há árbitros só do futebol de praia, embora a qualidade das arbitragens tenha melhorado.

– Quantos jogadores leva ao Mundial?

– Levo doze jogadores, o máximo que é permitido. Vamos realizar novo estágio em Sesimbra e queria efectuar pelo menos um jogo-treino.

– Alves de Carvalho

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Director do jornal O Sesimbrense