‘LAURA’, A PRÓXIMA PEÇA DE FILIPE LA FÉRIA, ESTREIA EM ABRIL

‘Laura’, sobre na vida da actriz Laura Alves, já falecida, é a próxima peça que Filipe La Féria estreia em Abril, no Teatro Politeama. Vanessa é a actriz escolhida pelo conhecido encenador para ‘vestir a pele’ da popular Laura Alves, que presenteou o público lisboeta (e não só) com grandes interpretações no desaparecido Teatro Monumental, propriedade de Vasco Morgado, seu marido e empresário. Do vasto elenco fazem parte, entre outros, Simone de Oliveira, Vítor de Sousa e Carlos Quintas, com os dois primeiros sentados na plateia do Politeama a assistirem à representação 300 de ‘Severa’, o musical que esteve em cartaz um ano, protagonizado por Anabela e Filipa Cardoso, que não assistiu à última representação por estar ausente no estrangeiro. Filipe la Féria espera que a nova peça “esteja em cartaz um ano ou mais” e tem a certeza que “vai ser um grande espectáculo, com a Vanessa a fazer o papel de Laura”. Entre actores, bailarinos e acrobatas “vão ser quarenta e tal artistas, um elenco extraordinário”. As peças de La Féria têm sido êxitos e “espero que a próxima também seja, graças ao público e a Deus”. Vanessa – Ana Vanessa da Cruz Silva, nascida na freguesia da Ajuda, em Lisboa, no dia 5 de Outubro de 1981 – é cantora, compositora, actriz e artista de performance. Destacou-se no musical ‘O Melhor de La Féria’. Entrevistado no programa ‘Portugal no Coração’, da RTP 1, o celebrado encenador foi peremptório: “A Vanessa é um grande valor em qualquer parte do Mundo”. Foi protagonista no musical ‘Fame’ e encarnou Judy Garland na peça levada a cena no Politeama ‘Judy Garland – o fim do arco-íris’ igualmente com a chancela La Féria. Protagonizou Amália Rodrigues em ‘Uma Noite em Casa de Amália’, musical que Filipe La Féria estreou a 5 de Julho de 2012. Às sextas-feiras era atracção da Discoteca Trumps, palco por onde passaram Wanda Stuart e António Variações. Os géneros musicais de Vanessa abarcam o pop, r&b, pop rock, fado e jazz. Voltando ao musical ‘Severa’, no final do espectáculo foi descerrada uma placa com o nome Severa a vermelho. Eram 20H15 e cantou-se os parabéns à menina Severa, repetido quando o bolo de aniversário foi cortado poucos minutos depois.

LAURA ALVES
No dia 8 de Setembro de 1921, na freguesia de São Mamede, em Lisboa, nasceu Laura Alves Magno, que cedo mostrou queda para o teatro. A sua estreia profissional ocorreu no dia 20 de Agosto de 1935, no Teatro Politeama, a vinte dias de festejar o 14º aniversário. A peça chamava-se ‘As Duas Garotas de Paris’ e contracenou com um actor de peso: Alves da Cunha. Pouco tempo depois tirou a carteira profissional e esteve duas épocas no Teatro Nacional, representando ao lado de Palmira Bastos, Álvaro Benamor e Amélia Rey Colaço, entre outros. Em 1951 fixou-se no Teatro Monumental, onde representou em mais de 400 espectáculos até à sua morte: 6 de Maio de 1986. Residia na Freguesia de São Jorge de Arroios, Lisboa, e estava casada (desde 1979) com o maestro Frederico Valério, seu segundo marido. Nesse ano foi inaugurado o Teatro Laura Alves, que desapareceu em 2012 quando o edifício ardeu. Do seu longo reportório, recordamos as peças ‘Daqui Fala o Morto’ (1956), ‘A Rainha do Ferro Velho’ (1958), ‘Criada para todo o Serviço’ (1962), ‘Meu Amor é Traiçoeiro’ (1962), ‘A Flor do Cacto’ (1967) e ‘Um Zero à Esquerda’ (1978). No cinema, lembramos ‘O Pátio das Cantigas’, realizado por Francisco Ribeiro (1941), e onde Laura Alves contracenou com Vasco Santana, António Silva, Ribeirinho e Barroso Lopes, etc. e ‘O Leão da Estrela’, de Arthur Duarte (1947), ao lado de António Silva, Milú, Curado Ribeiro, Artur Agostinho, Erico Braga, Maria Eugénia e Maria Olguim, entre outros. A estreia na 7ª Arte foi em 1941, pela mão de António Lopes Ribeiro (1941), que lhe deu um pequeno papel em ‘O Pai Tirano’. O elenco integrava Ribeirinho, Leonor Maia, Arthur Duarte, Vasco Santana, Graça Maria, Luísa Durão, Barroso Lopes, Teresa Gomes, etc. Recebeu o Óscar da Imprensa (1962) e o Prémio Lucinda Simões (1963). Em 1948 casou com Vasco Morgado, de quem teve um filho: Vasco Morgado Jr., que também se dedicou ao teatro, quer como actor, quer como empresário, seguindo as pisadas do pai.
– A. de C.

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Director do jornal O Sesimbrense