EPIDEMIOLOGISTA DA OMS FALA DA COVID-19

O epidemiologista irlandês, Michael Ryan, da Organização Mundial de Saúde (OMS), considerou ontem que a covid-19 2’e, obviamente, uma síndrome respiratória, mas tornou-se claro que, numa percentagem de pessoas doentes, provoca uma resposta inflamatória mais alargada, seja no sistema vascular seja noutras partes do corpo”. Para o director-executivo do programa de emergências sanitárias da OMS, estão a verificar-se casos de “encefalite (inflamação do cérebro) e outros efeitos” em pessoas contaminadas com o novo coronavírus. “‘É por isso que é tão importante recolher informações clínicas por todo o m undo” porque “os efeitos vasculares estão aí, são reais e precisam de ser melhor estudados”.  Ryan sublinhou que “parece que estamos a querer evitar a desconfortável verdade de que precisamos é de regressar ao básico: vigilância baseada nos princípios da saúde pública”. E esclareceu: “Devemos voltar aonde devíamos ter estado mais vezes: encontrar casos, rastrear contactos, testar casos, isolar casos, pôr pessoas infetadas de quarentena.” Michael Ryan vincou que a experiência tem mostrado que os países que conseguiram controlar a pandemia sem precisar de restrições em massa às movimentações da população o conseguiram com “Vigilância agressiva seguindo quer os direitos humanos, quer os princípios da saúde pública”. No caso do desporto de massas, o futebol por exemplo, “talvez os jogos possam voltar a acontecer, mas os espectadores tenham de ficar em casa mais tempo”, defendeu. A nível global, segundo um balanço da agência AFP, a pandemia covid-19 já provocou cerca de 269 mil óbitos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerrados curados. Em Portugal, até ontem morreram 1114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas e há 2422 casos recuperados, segundo a DGS. – A. de C.

Anuncio Bottom

About the Author

Editor
Director do jornal O Sesimbrense