Beatriz João, atleta de canoagem do Clube Naval de Sesimbra, esteve em destaque no Campeonato do Mundo realizado este mês em Szeged, na Hungria, onde obteve o quinto lugar. Antes, no Europeu efectuado em Julho deste ano na Sérvia, a canoísta sesimbrense conseguiu a medalha de bronze.
Com 17 anos, a Beatriz começou a praticar esta modalidade há cinco anos, influenciada por umas amigas. “Não estou arrependida, muito pelo contrário, de ter escolhido a canoagem. O resultado que consegui no Mundial foi muito bom, mas ambicionava conquistar uma medalha”, confessa. Em relação ao apoio dado pelo CNS, “é bom”. Quanto ao apoio oferecido pelos Órgãos de Comunicação Social, em especial os canais de televisão, “é pena que não divulguem mais a canoagem e outras modalidades”. Se isso acontecesse, “mais atletas praticariam a canoagem e as outras modalidades”.
É óbvio que havendo mais praticantes, é mais fácil aparecer a qualidade. A época vai encerrar em Outubro, no dia 22, com uma prova a realizar em Sesimbra, e na qual vai participar. No que concerne ao número de praticantes, “existem mais rapazes do que raparigas” e a força da canoagem está mais concentrada no norte do País, com destaque para o Ponte de Lima, que tem nas suas fileiras “os melhores atletas que há em Portugal”. A Beatriz gosta de ver futebol e confessa: “Sou do Benfica”. No tocante à carreira do SLB, “espero que consiga alguns brilharetes”.
No que se refere à canoagem, “presentemente os expoentes máximos são a Hungria e a Alemanha”, elucida a Beatriz João. E adianta: “Os meus pais apoiaram logo a ideia de eu praticar canoagem, modalidade que tem aumentado o número de praticantes e, como consequência, a qualidade também melhorou.” Há modalidades, como o atletismo, onde os atletas incentivam-se uns aos outros mesmo sendo de outro clube ou mesmo de outro país. Na canoagem, o ambiente que se vive fora da água “é saudável”, mas dentro da água “não há amigos quando competimos”.
Alves de Carvalho