NUNO MAGALHÃES (CDS/PP) VISITA SESIMBRA

«HÁ QUE DINAMIZAR MAIS A CULTURA»

O líder parlamentar do CDS/PP visitou Sesimbra no pretérito dia 31 de Julho, já em plena campanha eleitoral com vista às eleições legislativas do próximo dia 6 de Outubro. Nuno Magalhães reuniu com a Comissão Concelhia, liderada por João Casaca, a fim de delinear a estratégia da campanha, a qual passa por uma imagem de afirmação e não de ‘apêndice’ do PSD local com quem tem concorrido coligado várias vezes. O líder da bancada centrista aproveitou a sua visita à vila piscatória para visitar a Feira do Livro, instalada na Praça da Califórnia, realçando o papel da cultura no desenvolvimento do País.

– A Feira do Livro de Sesimbra já é uma das mais conhecidas de Portugal.

– Isso não sei, sei sim que é necessária uma maior dinamização da cultura, já que a vila e o concelho não vivem só de sol e mar, a cultura é necessária para o crescimento de um país. Infelizmente, aqueles que agora estão no Poder prestam um mau serviço às populações.

– Em que se fundamenta para esta afirmação?

– A resposta está à vista: agora apregoam uma coisa e passados poucos minutos fazem outra coisa completamente diferente. Por exemplo, no concelho de Sesimbra há um património rico em valor histórico que tem de ser bem cuidado e preservado.

– Como o que temos na aldeia do Zambujal, com descobertas que remontam há milhões de anos antes de Cristo?

– O património não está devidamente protegido, nem interage como devia com o turismo. É necessário que os departamentos que contactam com os turistas sejam mais dinâmicos, mas para isso é preciso criar mais postos de trabalho. Por exemplo, há a necessidade do POPNA (Plano de Ordenamento do Território) actualizar as espécies de peixes que podem ser pescadas pelos pescadores. Há quatro anos que dizem que o Plano vai ser revisto e nada. Sem dúvida que é um problema que afecta os pescadores que, por vezes, são obrigados a devolver o peixe ao mar.

– Por causa das quotas atribuídas a Portugal…

– Sim. E os pescadores continuam à espera de respostas que resolvam os seus problemas financeiros.

– Relativamente à saúde está prevista a construção de um novo Centro no bairro de Argéis.

– No que toca à saúde faltam as necessidades básicas, não chega construir um novo Centro.

– Um dos problemas do concelho de Sesimbra é a escassez de transportes públicos.

– A oferta que existe no concelho é pouca. Com o concurso público esperamos que as coisas melhorem, sobretudo em relação à oferta de mais carreiras em toda a rede sesimbrense.

– Qual é o diagnóstico que faz da educação?

– A população cresceu muito mas a oferta, desde a creche até ao 12º ano, não chega. O exemplo mais evidente é a freguesia da Quinta do Conde, onde a rede de escolas continua a ser escassa face ao crescimento contínuo da população. Há que dotar a Quinta do Conde com mais e melhores infraestruturas, como é o caso das escolas.

– A segurança é uma das ‘bandeiras’ do partido.

– Sem qualquer dúvida. Hoje, os efectivos que há não chegam, porque houve um desinvestimento na área da segurança: há poucos concursos e os que acontecem é tarde e a más horas. Os efectivos, em conjunto, da PSP, GNR e PJ são menos do que no tempo da troika, segundo os dados mais recentes comparados com 2015. A segurança é uma ‘bandeira’ do CDS: mais meios para as forças páramilitares.

Presentemente, o partido está apenas representado em Sesimbra na Assembleia Municipal, no caso por João Casaca. Com certeza que os centristas ambicionam crescer neste concelho. No dia 6 de Outubro à noite saberemos. – Alves de Carvalho

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Director do jornal O Sesimbrense