UM DIA DE CHUVA EM NOVA IORQUE: WOODY ALLEN NO CINETEATRO JOÃO MOTA

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O último filme do realizador norte-americano Woody Allen, ‘Um Dia de Chuva em Nova Iorque’, regressa a Manhattan, um dos seus locais preferidos de Nova Iorque onde não filmava há dez anos. O cineasta presenteia-nos com uma comédia melancólica e romântica, que decorre em cenários de sol, chuva e névoa. As filmagens iniciaram-se no Outono de 2017 e Allen não contemporiza com ‘modernices’ e regressa aos filmes a preto e branco e à música de Cole Porter. O ‘herói’ do filme é um estudante universitário (interpretado por Timothée Chalamet), oriundo de uma família abastada, que gosta de jazz clássico e de filmes antigos, despreza as suas origens e não sabe ao certo o que fazer da sua vida. A namorada é interpretada por Elle Fanning, que dá vida a uma estudante universitária um pouco tontinha, que um belo dia vai entrevistar um famoso realizador para o jornal da escola. Os jovens hospedam-se num hotel de luxo com o intuito de ali passarem o fim-de-semana. Porém, os acontecimentos precipitam-se e os jovens vão-se afastando um do outro. A jovem começa a ‘namorar’ com este e aquele enquanto a chuva cai. Por sua vez, o menino rico vai receber uma verdadeira lição de vida e amadurecerá. Quanto à ex-namorada, continuará tontinha. Uma comédia irónica, com uma excelente fotografia de Vittorio Storaro. Woody Allen completa 84 anos no dia 1 de Dezembro. Allan Stewart Koenigsberg, o verdadeiro nome de Woody, nasceu em Nova Iorque e regularmente toca clarinete num bar de Manhattan. Da sua extensa filmografia, recordamos O Inimigo Público, Manhattan, A Rosa Púrpura do Cairo, Crimes e Escapadelas, Annie Hall (filme que lhe valeu o óscar de melhor realizador em 1978), Hannah e as Suas Irmãs, Vicky Cristina Barcelona, Meia-Noite em Paris, Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão, Balas Sobre a Broadway, Bananas, Scoop ou O ABC do Amor. Fã dos cineastas Ingmar Bergman e Federico Fellini, apreciador do talento de Groucho Marx (um dos famosos Irmãos Marx) e do músico Cole Porter, e também dos escritores Fiódor Dostoiévski e Anton Chekhov, o realizador descreve-se assim: “As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual porque uso óculos e que sou um artista porque os produtores, com os meus filmes, perdem sempre dinheiro.” Uma carreira ímpar, onde nos confrontamos com diversos sentimentos: amor, adultério, solidão, morte, remorsos, enfim, uma espécie de comédia da vida, onde o cineasta nos confronta com a condição humana, as alegrias e os dramas do quotidiano. O filme é exibido no dia 22 de Novembro, às 21H30, no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra.

– A. de C.

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Director do jornal O Sesimbrense