No dia 9 de Novembro, no Teatro Politeama, às 21H30, comemora-se 200 representações do musical ‘A Severa’, mais um espectáculo com a chancela inconfundível de Filipe la Féria. No final da representação da peça que recorda a vida da ‘mãe do fado’, será prestada merecida homenagem à ‘fadista cigana’ Cidália Moreira, nascida em Olhão, em 1944 e oriunda de uma família ligada ao flamenco. Em 1973, Cidália rumou a Lisboa e foi no restaurante A Viela, na Rua das Taipas, no coração do Bairro Alto, que se estreou ao lado de Beatriz da Conceição, Beatriz Ferreira e Berta Cardoso. Na década de 70 gravou vários discos (epês e elepês) e abrilhantou revistas levadas à cena nos teatros do Parque Mayer: ‘Cá Vamos Cantando e Rindo’, ‘Ora Bolas Pró Pagode’ e ‘Força Camarada Zé’. Numa delas, exibida no Teatro ABC, cantou um dos seus grandes êxitos, ‘Lisboa Meu Amor’, que nunca chegou a ser gravado em disco. ‘Fado Errado’ também foi outro dos seus enormes êxitos. ‘Odisseia no Parque 2005’ foi a última revista em que participou, no Teatro Maria Vitória. Cidália Moreira teve um show de fado e flamenco intitulado ‘Tablao’. Recordamos o início de mais um dos seus grandes êxitos – ‘O Meu Primeiro Amor’, letra de Nélson Barros e música de Frederico Valério: “Ai quem me dera/ter outra vez vinte anos/Ai como eu era/como te amei, santo Deus (…)”
– Alves de Carvalho
