Portugal conquistou o Campeonato do Mundo de futebol de praia que decorreu em Luque (arredores de Assunção), no Paraguai, após derrotar na final a Itália, por 6-4. Pela terceira vez a selecção portuguesa conquista um Mundial – anteriormente foi em 2001 e 2015 -, esta já sob o comando técnico de Mário Narciso, à frente do conjunto desde 2013, e que vai cortar o bigode conforme promessa feita aos jogadores caso o título sorrisse às cores lusitanas. Depois de nas meias-finais ter eliminado o Japão na marcação de penáltis, Portugal tinha pela frente uma selecção que afastou a Rússia, a qual tinha eliminado o Brasil nos ‘quartos’. O jogo começou de feição para os italianos, com um golo de Zurlo (6′), mas Léo Martins (7′) restabeleceu a igualdade. No segundo tempo, Jordan e André Lourenço (minuto 18) apontaram dois tentos de rajada; já no terceiro e último tempo, Jordan (26′) e Léo Martins (28′) colocaram o resultado em 5-1; aqui houve uma certa quebra na concentração e a Itália aproveitou para reduzir para 5-3, por Dario Ramacciotti e Gentilini. A um minuto do fim Jordan apontou o sexto golo, com Ramacciotti a fechar a contagem da formação dirigida por Emiliano Del Duca. Com arbitragem de Ivo Moraes (Brasil), Said Hachim (Madagáscar) e Ingilab Mammadov (Azerbaijão) alinharam: PORTUGAL – Elinton Andrade; Rui Coimbra, Jordan, Bê Martins e Léo Martins; Tiago Petrony, Bruno Torres, André Lourenço, Rúben Brilhante, Belchior, Von e Madjer. ITÁLIA – Simone Del Mestre; Gentilini, Alfioluca Chiavaro, Dario Ramacciotti e Gabriele Gori; Andrea Carpita, Francesco Corosiniti, Frainetti, Simone Marinai, Paolo Palmacci, Percia Montani e Emmanuele Zurlo. No final do jogo, Madjer chorou. “Foram as lágrimas de uma despedida”, disse o capitão da selecção portuguesa que, aos 42 anos, se despede da modalidade com três títulos mundiais e após uma carreira notável, sendo considerado um dos melhores jogadores de sempre. Jordan referiu: “Estou emocionado, esta família é incrível, merecemos este título. O futebol de praia está a evoluir cada vez mais, há muitas selecções fortes, todos se preparam devidamente.” Por sua vez, Rui Coimbra afirmou: “Foi isto que nos propusemos no início da época. Sabíamos que ia ser muito difícil, trabalhámos muito e graças a Deus conseguimos este título para culminar esta época fantástica. Agora, a fasquia está elevadíssima.” Fernando Gomes, presidente da FPF, sublinhou: “Felicito calorosamente a selecção nacional. A equipa, liderada por Mário Narciso, voltou a dignificar superlativamente o desporto nacional e o próprio nome de Portugal. Neste dia de grande celebração, gostaria de evidenciar o talento, a abnegação, a humildade, o espírito colectivo e a qualidade dos nossos jogadores. Através das vossas qualidades e do vosso sacrifício conseguiram construir mais uma página de ouro na história da vossa modalidade, do futebol português e da FPF.” Também o Presidente da República felicitou os novos campeões do Mundo. Marcelo Rebelo de Sousa frisou: “Portugal afirma-se cada vez mais nesta modalidade para grande alegria e orgulho de todos os portugueses.” Quanto a prémios, Elinton Andrade, 40 anos, dupla nacionalidade, foi considerado o melhor guarda-redes do Mundo. O melhor jogador foi Ozy Moreira (Japão), enquanto as medalhas de prata e de bronze foram para Jordan e Bê Martins, respectivamente. Registe-se, ainda, que a Rússia ficou no 3º lugar, depois de vencer o Japão, por 5-4.
– Alves de Carvalho
