A actriz dinamarquesa, Anna Karina, um dos nomes sonantes da Nouvelle Vague francesa, morreu no pretérito dia 14 de Dezembro, vítima de um cancro. Nascida em 22 de Setembro de 1940, em Solbjerg, começou a sua actividade profissional como modelo, mas o realizador Jean-Luc Godard descobriu-a para o cinema, onde participou em muitos filmes, dos quais destacamos: ‘Uma Mulher é uma Mulher’ (1961), que lhe valeu o Urso de Prata para a melhor actriz no Festival de Berlim desse ano, ‘Viver a sua Vida’ (1962); ‘Bando à Parte (1964),’Pedro, o Louco’ (1965), com Jean-Paul Belmondo, uma das obras mais celebradas de Godard, que foi seu marido e com quem fez mais oito filmes; entrou, ainda, nos filmes ‘Alphaville’ (1965), ‘Made in USA’ (1966), ‘A Religiosa’ (1966), ‘O Estrangeiro’ (1967, com Marcello Mastroianni e realizado por Luchino Visconti a partir da obra de Albert Camus), ‘Justine’ (1969), ‘Pão e Chocolate’ (1974), ‘A Ilha do Tesouro’ (1985), ‘Paris no Verão’ (1985) e ‘O Segredo de Charlie’ (2002). Escreveu o argumento e compôs a música do filme ‘Vivre Ensemble’ (1973). Trabalhou com o actor Jean-Pierre Léaud (lançado por François Trufaut) nos filmes ‘A Ilha do Tesouro’, ‘O Amor Através dos Séculos’ e ‘Made in USA’. Igualmente contracenou com o actor Laszlo Szabo em ‘Paris no Verão’, ‘Made in USA’ e ‘O Demónio das Onze Horas’. Todos estes filmes tiveram a chancela de Godard, o controverso e festejado cineasta franco-suíço, militante marxista-leninista e que esteve envolvido no movimento Maio de 68.
– A. de C.