Cerca de meia centena de empresárias reuniram-se no passado dia 6 de Março no Auditório Conde Ferreira a fim de participarem no V Encontro de Empresárias do Concelho de Sesimbra. Na mesa sentaram-se Odete Graça, presidente da Assembleia Municipal; Felícia Costa, vice-presidente da Câmara Municipal; Carla Filipe e Raquel Galhardo, directora e directora-adjunta do Centro de Emprego e Formação Profissional do Seixal. Odete Graça foi a primeira a dirigir-se à plateia reconhecendo que no tocante à relação mulheres/trabalho “há mudanças significativas, mas ainda há um caminho a percorrer”, visto que “ainda têm obstáculos a superar, como a (des)igualdade de género no emprego”. Por isso, há que “aumentar a qualificação da mulher no mercado de trabalho”, recorrer à solidariedade e continuar a lutar “pelos nossos direitos”. Felícia Costa sublinhou que haver mulheres empresárias “é um sinal de vitalidade” e desempenham um “papel importante na nossa economia”. Recordou que hoje há mais mulheres nas universidades do que homens e, por conseguinte, “mais licenciadas”. Há que valorizar o papel da mulher nas diversas vertentes: social, económica, profissional e pessoal. Raquel Galhardo focou o seu discurso nos aspectos técnicos do mercado do trabalho, sobre a formação profissional, acentuando que as mulheres quando têm mais qualificações “mais hipóteses têm de arranjar trabalho e melhorar a situação no seu emprego”. O Centro de Emprego financia algumas empresas com o objectivo de “criarem mais postos de trabalho” e organiza estágios profissionais, com duração de 9 meses, de valorização do trabalhador e que são pagos. Os estágios curriculares são gratuitos. De seguida, cada empresária foi convidada a apresentar-se e a dizer a que ramo de actividade está ligada. Nos folhetos distribuídos lê-se, por exemplo, o que ganha a sua empresa com o IEFP? Um parceiro para o seu negócio. Noutro folheto fala-se dos Centros Qualifica, que se destinam a todos os que procuram uma qualificação. O IEFP oferece, ainda, a formação modular certificada, desenvolvida no âmbito da formação contínua, a qual permite actualizar e aperfeiçoar os conhecimentos e competências dos activos empregados. Trata-se de uma medida à disposição das entidades empregadoras que lhes permite, de uma forma totalmente gratuita, assegurar aos seus trabalhadores o direito à formação individual, direito consagrado no Código de Trabalho.
– A. de C.
