O Partido Comunista Português questionou o Governo sobre a situação da Fábrica de anzóis da multinacional Mustad, na Maçã., numa carta onde afirma que “teve conhecimento que está previsto o encerramento da Fábrica de Anzóis na Aldeia da Maçã, Sesimbra, em Abril, mantendo-se somente a área comercial com cinco trabalhadores. Sabemos também que no início do ano foi iniciado um procedimento de despedimento coletivo”.
O PCP destaca que aquela fábrica “é especializada na produção de anzóis, assegurando a produção para este sector de bens de equipamento” e que “teve uma ligação importante ao Porto de Pesca de Sesimbra“.
“Atualmente a fábrica assegura cerca de 28 postos de trabalho. São sobretudo trabalhadoras especializadas, cuja média de idades situa-se entre os 45 e 50 anos. A Fábrica dos Anzóis é uma das fábricas do Grupo Mustad com origem na Noruega, que inclui outras unidades em diversos países e é uma das marcas de referência no sector. Tivemos também informação que as trabalhadoras foram convocadas para fazer trabalho extraordinário e que perante a sua recusa, a administração reuniu com as trabalhadoras para garantir a produção de uma encomenda.Sabe-se também que a Mustad irá manter em Portugal uma secção de vendas e que será garantido aos clientes o fornecimento de material que será produzido fora do território nacional.”
Destacando que “Aumentar a produção nacional é um desígnio do país“, o PCP afirma que “não faz sentido que encerre a atividade produtiva de uma empresa num setor estratégico para o país, sobretudo quando existem trabalhadoras qualificadas e capacidade de produção de equipamentos. O Governo tem de intervir na defesa da produção nacional e na salvaguarda dos postos de trabalho“.
Na sua carta, o PCP questiona “Que medidas pretende o Governo adotar para defender a capacidade produtiva no país, num setor estratégico, como a pesca, para o nosso desenvolvimento?” e “Que diligências vai o Governo tomar para garantir a laboração da Fábrica dos Anzóis e salvaguardar os postos de trabalho?“
