SINDICATO DOS JORNALISTAS

À semelhança de outras actividades, o jornalismo está ameaçado pela crise em curso, que não é apenas sanitária, mas já é também laboral. Numa altura em que o jornalismo é mais fundamental do que nunca, há notícias diárias de fecho ou suspensão de publicações, reduções forçadas e poucas ou nenhumas receitas em muitos órgãos de informação regional, entrada em ‘lay-off’ de empresas e grupos de dimensão nacional. “Ainda que possa ser a última solução – lê-se no comunicado que o Sindicato dos Jornalistas fez chegar ontem à nossa redacção -, o ‘lay-off’ resulta na diminuição efectiva da capacidade de produção jornalística, fragilizando ainda mais as já enfraquecidas redacções de grande parte, senão da totalidade dos órgãos de comunicação social portugueses. Há anos que as redacções se debatem com falta de jornalistas para fazerem melhor jornalismo e muito do trabalho realizado é feito em condições de precariedade laboral e financeira que, neste contexto, se agravará”.

E prossegue: “O Sindicato dos Jornalistas considera que as medidas de apoio já aprovadas para o sector são insuficientes e considera que as que vierem a ser adoptadas devem concentrar-se na preservação da capacidade jornalística dos meios de comunicação social e dos trabalhadores que a asseguram, ou/as jornalistas. O SJ está atento ao ‘lay-off’ no sector, exigindo uma rigorosa aplicação da lei e das regras e fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para impedir que uma medida de alívio temporário venha a servir de expediente às mepresas para acentuarem a tendência de encurtar redacções. Os jornalistas, homens e mulheres como outros quaisquer, estão entre os riscos de trabalho no terreno e as dificuldades do teletrabalho, tentando conciliar o trabalho com a vida pessoal e familiar, trabalhano jornadas contínuas para assegurar o direito dos cidadãos à informação. O SJ presta-lhes homenagem neste 1o de Maio, agradecendo-lhes o cumprimento dessa nobre missão.” – Alves de Carvalho

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Editor
Director do jornal O Sesimbrense