IO APPOLLONI ‘DESPE-SE’ NO PROGRAMA ‘JÚLIA’

Io Appolloni, há 55 anos a viver em Portugal, recordou ontem, no programa ‘Júlia’, da SIC, o sucesso que causou em Lisboa, na primeira revista que representou no Parque Mayer: ‘Sopa no Mel’, em 1965. “Era boa actriz, era lindíssima e despia- me”, confessou durante na conversa que manteve com Júlia Pinheiro (um parêntesis, só para confirmar que Io não exagerou).

Numa entrevista intimista, Giuseppina Appolloni (Io, nas lides artisticas), nascida em 19 de Março de 1945 em Camino di Verchiano, Perúgia, recordou também o seu tórrido romance com o actor Camilo de Oliveira, uma das primeiras figuras do teatro ligeiro nacional. “O Camilo era casado e o que é que ele fez? Saiu de casa e foi viver para um quarto. A mulher levantou o dinheiro quase todo do banco, só deixou 5 contos.

Depois, foi à Pide e denunciou-me. E deu-me 48 horas para sair do país. Fui chamada por desencaminhar um homem casado”, revelou. “Fiquei grávida dele e fiz o primeiro aborto clandestino. Mais tarde (1978), no programa do Joaquim Letria, contei o que se passou. Fui chamada à Judiciária, trataram-me bem e gerou-se uma grande onda de solidariedade, que terminou com a primeira entrada na Assembleia da República da lei sobre a interrupção voluntária da gravidez”, recordou Io Appolloni.

Entretanto, em Maio de 1968 a actriz italiana voltou a engravidar de Camilo. Na altura, a actriz vivia em Madrid, onde representava num espectáculo de revista. “Ele deixou-me uma prenda na barriga, o meu primeiro filho”, contou Io, que mais tarde viveu com o realizador Eduardo Geada. Em entrevista anterior, dada a Daniel Oliveira, Io confessou que também foi vítima de violência doméstica (pontapeada na barriga), mas não disse de quem, apenas que aconteceu numa altura em que estava grávida. – A. de C.

Anuncio Bottom

About the Author

Editor
Director do jornal O Sesimbrense