O Movimento ‘Pelos Profissionais do Palco’ entregou ontem um Caderno de Reivindicações ao Presidente da República, durante uma audiência ontem ocorrida no Palácio de Belém. A delegação dos artistas, composta por Paula de Carvalho, Rita Ribeiro e Duarte Nuno de Vasconcelos, falou no final da reunião, considerando que “Marcelo Rebelo de Sousa está consciente de que as artes de palco estão a atravessar uma crise inigualável e que é necessário fazer algo que proteja estes profissionais”, disse Paula de Carvalho à Lusa. Entre as medidas integradas no pacote de reivindicações, além da suspensão dos pagamentos de dívidas à Segurança Social e à Actividade Tributária, em princípio durante um ano, sem impedir que as estruturas e profissionais do sector concorram a programas da DGArtes, o movimento propõe ainda que todos os espectáculos em digressão sejam comprados, de modo a garantir as despesas de deslocação e os salários de actores, técnicos e produtores. Defende, por isso, a transferência de verbas do Ministério da Cultura para as autarquias, por forma a que estas possam cumprir a ‘obrigação de levar cultura a toda a população, independentemente do número de espectáculos”. (…) Para o movimento ‘Pelos Profissionais do Palco’, era importante que o Estado encontrasse um valor mínimo de apoio durante o mesmo período, “ultrapassando algumas situações ridículas de artistas a quem lhes foram atribuídas verbas mensais de 50 euros”. O Estado devia criar, de imediato, uma Comissão da Carteira Profissional dos Artistas, incluindo todas as áreas que englobam o espectáculo, à semelhança do que acontece com a de Jornalistas. Para o Movimento, a diminuição da lotação das salas de espectáculos é inviável, porque uma sala com, lotação de 200 pessoas mesmo que abra com 100 não responde aos encargos que acarreta. – A. de C.
MOVIMENTO ‘PELOS PROFISSIONAIS DO PALCO’ ENTREGA CADERNO DE REIVINDICAÇÕES AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
