VIGÍLIAS DO SECTOR DA CULTURA

Ontem, 21 de Maio, foram realizadas diversas vigílias por profissionais da cultura, artes e espectáculos, que estão há três meses sem rendimentos e a enfrentar sérias dificuldades. “E se tivéssemos ficado sem cultura?” – era a pergunta que se via em diversos cartazes. A iniciativa partiu de um grupo informal de profissionais da cultura e das artes, como o Acção pela Cultura 2020, representado pela actriz Anaísa Raquel e organizadora da manifestação silenciosa, que tive lugar em diversas cidades portuguesas. Em Lisboa a vigília decorreu frente ao Parlamento.

Segundo o site “Noticias ao Minuto”, na vigília de Setúbal, o actor Miguel Assis, do Teatro de Animação de Setúbal (TAS), afirmou que “há mais de uma centena de profissionais setubalenses, ligados às artes e à cultura, que estão a enfrentar dificuldades económicas”, devido à pandemia Covid-19. Só no TAS, na Cooperativa Cultural GATEM Espelho Mágico e no Teatro do Elefante são largas dezenas de actores, muitos dos quais são contratados, e recebem em função do trabalho realizado“, disse Miguel Assis, acrescentando que também há muitos músicos em dificuldades, devido ao cancelamento de espectáculos para prevenir a propagação do novo coronavírus. “A Câmara de Setúbal está connosco [TAS], mas não pode fazer muito mais do que o orçamento permite. O Governo – o Ministério da Cultura – está a assobiar para o lado e a fingir que nada se passa“, acrescentou o actor.


[fotografias de Miguel Assis]

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Director do jornal O Sesimbrense