No passado dia 17 de Fevereiro o jornal O Sesimbrense foi convidado do programa matinal da TVI, “Dois às 10”. Depois de uma reportagem realizada em Sesimbra, com depoimentos de diversas pessoas, João Silva (nosso chefe de redacção) e Geny Braz (neta de Abel Gomes Pólvora, fundador do jornal) falaram sobre a história e a actualidade de O Sesimbrense.
“Olha a notícia fresquinha” foi o pregão inicial do apresentador Cláudio Ramos no quiosque criado para o estúdio da Plural em Bucelas (Quinta dos Melos) no programa dos “Dois às 10”, no passado dia 17 de fevereiro de 2022. O destaque do programa, conduzido em direto pela dupla de apresentadores Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos foi a importância da notícia local/regional e quem são as pessoas que estão por detrás das edições dos jornais regionais em Portugal.
O escaparate junto ao quiosque expunha alguns títulos regionais que refletiam a importância dos jornais regionais junto das suas comunidades locais.
Juntou-se à conversa na esplanada preparada para o efeito, o jornalista Júlio de Magalhães que iniciou o seu percurso profissional com 16 anos no jornal “O Comércio do Porto” e afirmou que um dia o ciclo dos jornais voltará, os jornais estão a adaptar-se aquilo que é a nova realidade das novas gerações (digital). Os jornais regionais são decisivos e já chegam a todo o mundo (têm acesso à internet e às plataformas digitais) e são uma ferramenta muito importante, são estes jornais que trazem informação daquilo que se passa nas regiões e que os jornais nacionais depois vão fazer essas reportagens. “A comunicação social local é uma ferramenta decisiva” referiu o jornalista da CNN Portugal.
Para o aludido programa televisivo foram convidados os jornais “Noticias de Arronches” e “O Sesimbrense” representantes das diferentes dicotomias do país (interior e litoral).O “Noticias de Arronches“ nasceu há 20 anos e as suas edições contam 16 páginas a cores. O períódico foi representado pelo fundador/diretor Fernando Marques e a sua esposa. Recordou que começou a trabalhar aos 13 anos e devido a problemas de saúde retirou-se para Arronches; é uma vila raiana portuguesa no distrito de Portalegre. Com 53 anos decidiu criar o jornal e com uma particularidade que é a distribuição gratuita do jornal na vila. Os assinantes apenas têm que despender os portes de correio e recebem o respetivo jornal.
Atualmente tem noventa assinantes e mencionou que o jornal chega a vários países europeus, como por exemplo: Holanda, França, e Bélgica, Foram os emigrantes que não quiseram perder os laços sociais, nem a ligação à terra e que deste modo mantinham-se informados sobre as notícias da sua terra natal. Ocorre a entrega dos jornais porta-a-porta em cinquenta e um locais: cafés, instituições entre outros.
“O Sesimbrense” nasceu a 25 de julho de 1926 e foi representado no programa pela neta do fundador Abel Gomes Pólvora, Geny Braz e pelo chefe de redação João Silva. Abel Gomes Pólvora nasceu a 29 de agosto de 1884, em Santana e faleceu em Lisboa a 14 de fevereiro de 1966.
Como presidente da câmara municipal da época, tinha como objetivo o progresso de Sesimbra e o bem-estar dos sesimbrenses, procurou promover Sesimbra, suas gentes e a economia local.
Atualmente a equipa redatorial do jornal “O Sesimbrense é composta pelo diretor, João Augusto Aldeia, pelo chefe de redação, João Silva e pelo jornalista Alves de Carvalho, todos em regime de voluntariado, tal como acontece com um conjunto de colunistas mais ou menos regulares. No secretariado e publicidade trabalha a funcionária administrativa Ana Luísa Bento. É com esta equipa e com o seu trabalho que jornal “O Sesimbrense” chega todos os meses às vossas mãos e não poderíamos deixar de agradecer o reconhecimento e o carinho com que nos brindaram com os vossos comentários de incentivo para continuarmos a trilhar o longo legado de Abel Gomes Pólvora e de todos os que colaboraram e os que ainda colaboram neste órgão de comunicação social independente.
“O Sesimbrense” é propriedade da Liga dos Amigos de Sesimbra, uma associação cultural com o estatuto de utilidade pública, que também desenvolve a sua atividade graças ao voluntariado dos elementos que, ao longo da sua existência (desde 1951) têm assegurado as funções dos seus órgãos sociais.
“A imprensa regional é um bem coletivo, ao serviço de cada indivíduo, mas também de todas as comunidades onde se insere e, no fim de contas, do país”.