Imprensa vive dias difíceis

A imprensa nacional e a regional, sobretudo os jornais em papel, vivem tempos muito difíceis por causa da pandemia e da inflação galopante que acontece em Portugal e cuja tendência é agravar-se com a entrada do inverno.
A Associação Portuguesa de Imprensa tem vindo a alertar o Governo para esta realidade e apresentou, nesse sentido, “um pacote de medidas de emergência para tentar minimizar a crise que os editores atravessam” e que passa por um auxílio, através de campanhas publicitárias, como já sucedeu no início deste ano. Como é óbvio, a Liga dos Amigos de Sesimbra, que edita o jornal ‘O Sesimbrense’ há 96 anos, não foge à regra. Em resumo, a API alerta para o aumento de preço da tonelada de papel “em média superior a 60% em menos de um ano, com tendência crescente”; no tocante à distribuição, os postos de venda, que já foram quase 10 mil no nosso País, presentemente são menos de sete mil.
Anote-se que actualmente “cerca de 66% das freguesias portuguesas não têm um posto de venda de imprensa, sendo a população residente nessas freguesias de quase dois milhões de habitantes”. Em 14 anos as tiragens diárias de jornais e respectiva distribuição reduziram-se de “cerca de 1,5 milhões de exemplares, em 2008, para 0,5 milhões em 2022”.
Em relação à distribuição de jornais e revistas, a API sublinha que se isso não acontecer “não haverá venda em banca e sem essa venda poderemos ver fechar muitos órgãos de imprensa”, pondo em risco a distribuição de jornais e revistas no nosso País.
Alves de Carvalho

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Director do jornal O Sesimbrense