A Casa do Povo de Sesimbra está a passar por uma fase de sérias dificuldades financeiras, ao ponto de utentes e pais de crianças que a frequentam temerem o fecho da instituição.
Os vencimentos dos funcionários dos meses de Dezembro e Janeiro só foram pagos em Fevereiro, e vários cartazes foram colocados no exterior das instalações exibindo palavras de ordem tais como:
A Casa do Povo não pode morrer
Onde está a Segurança Social?
Sesimbra precisa da Casa do Povo”
Os nossos idosos vão ser abandonados?
Os nossos filhos vão ficar na rua?
Os utentes e os pais de crianças que frequentam as valências da Casa do Povo de Sesimbra temem o encerramento da instituição. Denunciam problemas financeiros, já antigos, que culminaram com atraso nos pagamentos dos vencimentos dos funcionários.
A Casa do Povo tem várias valências, para crianças e idosos, como creche, centro de dia, apoio domiciliário e cantina social, contando com cerca de 30 funcionários.
Segundo disse ao Correio da Manhã uma fonte conhecedora do processo, “A verba nunca foi abundante. Os salários de outubro e novembro foram pagos em duas tranches, a direção nunca falou com os funcionários a explicar o motivo”.
Entretanto foi realizada uma concentração/manifestação junto da da Assembleia Municipal de Sesimbra, antes da respectiva sessão, na qual também participaram o presidente da Câmara, Francisco Jesus, a vereadora Felícia Costa e a presidente da Junta do Castelo, Maria Manuel Gomes.
Também o Partido Comunista Português emitiu um comunicado solidarizando-se com a instituição, considerando que se trata de “uma situação extremamente injusta, pois são estes trabalhadores que asseguram o bom funcionamento da instituição, com o profissionalismo e dedicação, quer na componente lectiva e não lectiva, momentos fundamentais para o desenvolvimento de todas as crianças enquanto cidadãos, bem como o apoio domiciliário, tão necessário aos idosos da freguesia. O PCP mostrou-se disponível para oferecer todo apoio necessário à luta dos trabalhadores da Casa do Povo.
