Carlos Sargedas regressou do Brasil há poucos dias depois de ter passado um mês em Porto Seguro, na Bahia, em filmagens para dois documentários. O primeiro é sobre a vida de Pêro do Campo de Tourinho, nobre que pertenceu à corte portuguesa do século XVI, que foi julgado pela Inquisição, sendo que as filmagens iniciais decorreram em Viana do Castelo. O segundo documentário é sobre os índios Pataxós, também oriundos da Bahia, que falam da sua visão sobre a ‘nossa’ sociedade moderna, a sua evolução e o contacto com o ‘invasor estrangeiro’. Ambos os documentários estão a ser rodados em parceria com Juca Fonseca, que há dois anos convidou Carlos Sargedas para co-produzir estes filmes, cuja fotografia é assinada pelo fotógrafo sesimbrense, o qual esclareceu que este intercâmbio com Juca só foi possível porque ambos integram o júri do Festival Finisterra. Carlos Sargedas afirmou que as filmagens foram “muito enriquecedoras” devido ao estudo que fez destas comunidades índias. O nosso interlocutor participou, ainda, em Arraial d’Ajuda, como membro do júri da 10ª edição do Arraial Cine Fest, festival internacional de cinema, além de ter sido orador em três conferências: Film Commissions, Festival Finisterra e Região da Arrábida, esta última dada a conhecer aos participantes daquele festival de cinema de Arraial.
– A. de C.