O actor, encenador, declamador, cenógrafo, figurinista, autor e professor Norberto Barroca, oriundo do teatro universitário e que se estreou, profissionalmente, em 1960 no Grupo Fernando Pessoa morreu ontem (dia 2/1/2020) na Marinha Grande, sua cidade natal – nasceu a 5 de Novembro de 1937. A edilidade decretou luto municipal. Barroca era formado em arquitectura e história, mas toda a sua vida (82 anos) foi dedicada ao teatro. A sua mais recente obra foi a encenação que comemorou os 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande, espectáculo levado a cena a 19 de Outubro de 2019. Trabalhou em muitas companhias, das quais destacamos a Casa da Comédia, Teatro Aberto, Teatro Nacional D. Maria II, A Barraca, Teatro ABC, Teatro Maria Vitória, Seiva Trupe e Teatro Experimental do Porto, do qual foi director artístico entre 1998 e 2009. No cinema, participou nos filmes ‘Glória’ (1999), ‘A Mulher Polícia’ (2003) e ‘Se Eu Fosse Ladrão’ (2013) realizados por Manuela de Freitas, Joaquim Sapinho e Paulo Rocha, respectivamente. No primeiro, Norberto Barroca contracenou com Jean-Christophe Bouvet, Raquel Marques, Francisco Relvas, Isabel de Castro e Paula Só, entre outros. No segundo, trabalhou com Amélia Corôa, Ludovic Videira, Vítor Norte, Ana Nave e Miguel Romeira, nomeadamente. No terceiro, Norberto Barroca teve a companhia do próprio realizador, de Luís Miguel Cintra, Chandra Malatitch, Isabel Ruth, Joana Bárcia, Carla Chambel, Márcia Breia e Lima Duarte, entre outros.
– A. de C.
