Com cerca de uma hora e meia de atraso, as selecções portuguesas de sub-19 e de seniores femininos e masculinos chegaram ontem, ao fim da tarde, ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Cerca de um milhar de adeptos aplaudiram, com entusiasmo, os novos campeões do Mundo, treinados por Renato Garrido e que teve como adjunto o catalão Edu Bosch, ex-guardião do FC Porto e da Juv. Viana, e que pôs Ângelo Girão a defender ‘à Carles Trullols’, monstro-sagrado do FC Barcelona e da selecção de Espanha e que criou uma escola de guarda-redes à sua imagem. Acompanhamos a modalidade há mais de sessenta anos e afirmamos, taxativamente, que Trullols foi o melhor guardião que vimos actuar até aos dias de hoje. E que Ângelo Girão pode ser o seu sucessor, assim continue a trabalhar afincadamente. Os media estiveram em força no aeroporto, em especial os canais televisivos. Finalmente, o hóquei em patins tem a visibilidade que merece e provou-se, à sociedade, que futebol à parte é a modalidade de que os portugueses gostam mais. Mais, e não é o meu caso: estão-se marimbando que não seja olímpica. A festa acabou com os jogadores, equipa técnica, presidente e dirigentes a percorrerem, em autocarro de caixa aberta, o trajecto que liga o aeroporto à sede da FPP, situado na Av. Gago Coutinho, junto ao cruzamento com a Av. Rodrigo da Cunha, que pertence à freguesia de S. João de Brito. Hoje, os campeões do Mundo são recebidos pelo presidente da República, às 16H00, em Belém. Obviamente, Marcelo Rebelo de Sousa vai felicitar, calorosamente, a comitiva portuguesa que ergueu bem alto o nome do País na Catalunha. E o hóquei em patins é-lhe familiar, até porque é uma das modalidades fortes em Moçambique, país com o qual mantém laços muito estreitos. Com mais impacto só o futebol e o basquetebol… Recorde-se que a selecção moçambicana foi a primeira classificada na II divisão da modalidade, falhando o acesso à I divisão ao perder, no ‘play-off’, com os angolanos.
Alves de Carvalho