MICO DA CÂMARA PEREIRA PREPARA O 4º ÁLBUM

«JÁ ESTOU A TRABALHAR COM CANÇÕES ORIGINAIS»

Domingos Maria Pacheco Cabral da Câmara Pereira nasceu em Évora em 28 de Maio de 1963. Mico – é do fadista que falamos – tem duas irmãs e cinco irmãos: Conceição, Francisca, Nuno, Gonçalo, Vasco, Luís e Sebastião, sendo que dois também se dedicam à música: Nuno e Gonçalo de Câmara Pereira. Também tem uma tia ligada ao fado e bem conhecida – Maria Teresa de Noronha. E três primos (Vicente da Câmara, Frei Hermano da Câmara e José da Câmara) e uma prima (Teresa Tarouca) igualmente ligados ao fado e com sucesso. Mico tem filhos de três mulheres: Francisco, de Maria João de Lima Mayer; Afonso, de Joana de Sousa Cardoso; e a pequenita Anna, de Raquel Mendes, a actual companheira. Quanto a álbuns, já saíram três: À Sombra da Lua (1998), com influências de jazz; Por Viver Assim (2002) sofreu influência do pop mais ligeiro; e A Tua Voz É Saudade (2016), um disco de fado que teve a colaboração dos irmãos Gonçalo e Nuno, com quem gravou uma versão do ‘Fado Falado’ declamado por João Villaret, de Luís Represas e da pianista Olga Prats. Em Outubro de 2017 Mico da Câmara Pereira comemorou 30 anos de carreira. A festa decorreu no Salão Preto e Prata, no Casino do Estoril, com a presença de alguns familiares mais chegados.

– Quando sai o quarto álbum?

– Ainda não sei mas será um disco de fados originais. Já estou a trabalhar nele, há temas já escolhidos.

– Quais as principais diferenças entre o fado que se cantava no final dos anos 80 e aquele que se ouve hoje?

– O único fadista que nesse tempo fazia o que se faz hoje em termos de acompanhamento foi o meu irmão Nuno. Hoje o fado é mais aberto e menos tradicional, aquém e além-fronteiras. Musicalmente, o fado hoje é mais completo, mais rico.

– As casas de fado ainda são o local de excelência para ouvir este género musical?

– Para o fado mais tradicional, sem dúvida. É onde se aprende a tocar melhor o fado antigo.

– O fado continua a ter público no estrangeiro?

– Tem cada vez mais público no estrangeiro, dado que o leque de opções é mais aberto. Hoje temos uma geração de muita qualidade em quantidade.

– Como vê o ‘seu’ Sporting dos últimos anos?

– Em relação aos últimos presidentes não me pronuncio, não tenho bases suficientes para falar do assunto. Sinto que o Sporting continua a defender princípios de cidadania. No Sporting não vale tudo só para ganhar um título. E é bom que continue a ser assim. Na minha família ou somos do Sporting ou do Belenenses. Não temos simpatizantes do Benfica e do FC Porto.

Entretanto, Mico da Câmara Pereira actua no dia 24 deste mês, às 22H00, no parque da Vila, na Quinta do Conde. – Alves de Carvalho

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Director do jornal O Sesimbrense