Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, tem sido alvo de gozo por parte da comunidade médica depois de ter sugerido que se investigasse para apurar se o novo coronavírus poderia ser tratado através de uma injeção de desinfetante no corpo. A ideia foi apresentada durante uma reunião ontem (23/4) efectuada na Casa Branca, após um funcionário do Governo norte-americano ter mostrado o resultado de uma investigação que dava conta que o covid-19 parecia enfraquecer mais depressa quando exposto à luz solar e ao calor. Depois de ouvir as conclusões de William Bryan, chefe interino da Direcção de Ciência e Tecnologia do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Trump sugeriu a Deborah Birx, coordenadora da resposta ao coronavírus da Casa Branca, que testasse a hipótese da injeção de desinfetante no corpo. O presidente norte- americano terá sugerido, ainda, a irradiação do corpo dos pacientes com luz UV, uma ideia rejeitada logo por um médico presente na reunião, informa a BBC.
Entretanto, os Estados Unidos registaram 3.176 óbitos nas últimas 24 horas devido à pandemia, um dos piores registos diários no país, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. No total, quase 50 mil pessoas já morreram nos EUA. O número de infetados subiu para mais de 860 mil, depois de terem sido identificados 27.791 novos casos. No entanto, vários Estados norte-americanos, como Geórgia, Texas e Vermont decidiram aliviar as restrições e autorizaram algumas empresas a reabrir portas. A nível mundial, a pandemia já provocou cerca de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 708 mil doentes foram considerados curados. Para combater a covid-19 os Governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas, mais de metade da população do planeta e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando sectores inteiros da economia mundial. Contudo, perante a diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e, em alguns casos, como Alemanha, Áustria, Dinamarca e Espanha a aliviar algumas das medidas que tomaram para enfrentar o novo coronavírus. – A. de C.