Pesca recupera após descida de 2019

Após uma queda de 33% em quantidade (e de 8% em valor) em 2020, o peixe descarregado na lota de Sesimbra voltou a subir em 2021, embora sem ter ainda atingido os valores de 2019, conforme mostram o quadro e gráficos desta página.
Segundo os dados fornecidos pela Docapesca, a estatística revela que no ano de 2021 a quantidade de peixe descarregado em Sesimbra ultrapassou as 21 mil toneladas: valor superior ao do ano anterior mas inferior ao valor recorde de 2019, em que foram ultrapassadas as 29 mil toneladas.


O valor deste pescado teve uma evolução semelhante mas menos acentuada: os 27 milhões de euros de 2021 representaram uma pequena melhoria face aos 26 milhões de 2020, mas foram inferiores aos quase 39 milhões de 2019.
A queda ocorrida em 2020, possivelmente influenciada pelos problemas decorrentes da epidemia de covid, foi particularmente sentida na pesca do cerco, onde as quedas na quantidade e no valor foram, respectivamente, de 40% e de 24%. No ano de 2021, a recuperação foi de 12% e de 13%, nos mesmos indicadores.


Na pesca polivalente – onde predominam as capturas com aparelhos de anzol – a queda em 2019 em quantidade foi de 9%, mantendo-se igual em valor, devido à subida do preço médio de 3,57 para 3,93 euros. No ano de 2021, neste sector, verificou-se uma descida de 1% na quantidade, mas uma subida de 1% em valor, de novo devido à subida do preço médio para 4,04 euros.

Preços
Os preços do peixe são fortemente influenciados pelas quantidades capturadas, o que explica que em Sesimbra a pesca do cerco tenha tido o preço médio mais baixo em 2019: apenas 44 cêntimos por quilo. O preço subiu depois para 55 cêntimos em 2021, mantendo-se em 2021.
A pesca polivalente tem vindo a manter uma subida consistente do preço médio, apenas com uma ligeira descida em 2020. Em 2021 o preço médio deste sector atingiu o valor de 4,04 euros.

Estrutura
A pesca do cerco continua a ser a que tem maior peso no total das quantidades capturadas: em 2021 representou 76,4% do total, embora esse peso já tenha sido de 81,1% em 2019.
A pesca polivalente, embora com menores quantidades capturadas, continua a dominar em valor; representou 62,3% do total em 2021, valor ligeiramente inferior ao de 2020 (63,8%)

J. A. Aldeia

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Director do jornal O Sesimbrense