As eleições internas do Partido Social Democrata de Sesimbra, no passado dia 17 de Setembro, deram a vitória a Marco Rodrigues.
A nova comissão política foi buscar alguns críticos do passado, nomeadamente João Albuquerque e Maria de Jesus Marques eleitos vice-presidentes, e que sempre mostraram resistência à forma como o PSD em Sesimbra vinha a ser conduzido.
Para a presidência da mesa de Assembleia geral foi eleito Germano Barros, deputado municipal, o jurista Leonel Madail dos Santos, autor de diversas publicações ligadas ao direito e Ana Cristina Ribeiro, dirigente e secretária-geral da JSD Sesimbra
Integram ainda a nova equipa o advogado Miguel Nunes, líder da JSD, João Perneco, que concorreu ao GD Alfarim, Nuno Almeida que fez parte de um ThinkThank do Governo do Pedro Passos Coelho, entre muitos outros.
Num comunicado emitido pelo candidato vencedor, este reafirmou que “o PSD esteve muito tempo adormecido…e não poderíamos correr o risco de o deixar o sem voz.” acrescentando que “não conhece nenhuma tomada de posição pública da anterior comissão política relativamente às políticas autárquicas”.
Marco Rodrigues reafirmou que “esta equipa irá preparar o PSD para o embate das autárquicas e futuras legislativas, focando-se nos problemas principais do concelho, acolhendo todos os militantes do PSD Sesimbra que, com os seus contributos, conseguiremos alcançar uma mudança estrutural, mais diversificada, mais moderna e sobretudo uma nova forma de trabalhar e de fazer política para o concelho. Queremos reabilitar o PSD que tanto nos orgulhou no passado, não deixando de fazer uma avaliação critica do que correu menos bem até então.”
Segundo o novo presidente da comissão política, “esta equipa está para durar, para agregar e para liderar uma oposição que não existe no concelho”.
Em relação à oposição interna, que não saiu das intenções, o actual presidente declarou: “tiveram tempo para se prepararem, mas o projecto de continuidade assentava em estarem contra uma alternativa interna que por sua vez, sempre esteve por um projecto (…) ganhamos com a credibilidade da coerência…quem não quis ir a votos perdeu pela falta de coragem”.
No entanto, deixou explícito de que: “o passado fica para trás, e neste momento estamos focados em unir o partido, em arranjar soluções credíveis para os problemas do concelho, estando já a trabalhar na identificação de ideias e projectos para a Quinta da Conde, Castelo e Santiago, onde teremos de ter candidatos nas autárquicas que lutem para ganhar. Tivemos uma Junta de Freguesia onde nem um eleito tivemos…o que quer dizer que não escolhemos os mais capazes…nem os melhores. Não fomos ambiciosos…isso com esta equipa não pode nem vai acontecer”
Quanto ao futuro imediato, destaca como prioridade “o apoio aos autarcas eleitos, os pontas de lança da Comissão Política nos órgãos autárquicos, e que serão fundamentais para uma cultura de exigência em relação ao executivo CDU/PS e vereador independente eleito pelo partido Chega”.
Em relação as futuras coligações com o CDS, foi claro ao dizer: “com o CDS, haverá tempo para conversar, se for esse o entendimento dos militantes”.