Orcas atacam de novo

Um grupo de orcas atacou e destruiu o leme de veleiro ao largo da costa de Sesimbra. A embarcação de recreio, que transportava sete tripulantes, ficou à deriva devido aos danos provocados no leme.
A situação obrigou à intervenção do Instituto de Socorros a Náufragos que rebocou o veleiro até ao porto de Sesimbra.
Ao longo dos últimos anos ocorreram já várias destas situações, envolvendo embarcações de recreio e de pesca, como o nosso jornal tem noticiado. Num dos casos, em 18 de Outubro de 2020, a GNR teve de resgatar dois homens, ambos de 70 anos, de um veleiro desgovernado, perto do Cabo de Sines, depois dum ataque efectuado por duas orcas.
Poucos dias depois, a 26 de Outubro “Dois Piscos” foi igualmente atacada por um grupo de orcas, a pouco mais de duas milhas, ao largo de Sesimbra. A embarcação de pesca “Deus assim quiz”, que se aproximou para auxiliar, foi igualmente alvo do ataque. Neste caso a embarcação danificada acabou por ser rebocada até Sesimbra pelo barco “Poder de Deus”.
No dia 27 de Junho de 2021, um veleiro com quatro tripulantes teve também de ser socorrido Autoridade Marítima após uma interação com orcas que deixou a embarcação sem leme, na zona da praia da Mijona.
No Verão passado, um grupo de três orcas perseguiu a embarcação marítimo-turística “Amor ao Ofício”, durante cinco minutos, até que o Mestre da embarcação efectuou uma manobra evasiva, de marcha à ré, conseguindo afastar-se dos cetáceos.
Esta manobra efectuada pelo arrais Jorge Branquinho divergiu dos concelhos que foram emitidos, já há algum tempo, pela autoridade marítima que, em caso de avistamento destes mamíferos, recomenda aos navegantes que desliguem o motor, “por forma a inibir a rotação da hélice”, e imobilizem o leme, “desmotivando assim as orcas a interagir com as embarcações”

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Director do jornal O Sesimbrense