No passado dia 11 de fevereiro de 2023, decorreu o descerramento da placa comemorativa dos recordes do Guiness relativamente ao maior número de mergulhadores (597) numa ação de limpeza subaquática e da maior exposição subaquática do mundo com 150 fotografias.
Recorde-se que este evento realizou-se no dia 24 de setembro de 2022, nas águas sesimbrenses, organizado pela Oceanum Liberandum (ONG) de proteção da vida marinha e dos oceanos, com o patrocínio da EDP e com várias parcerias entre as quais: a câmara municipal de Sesimbra (CMS), a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A. (APSS), Docapesca, o clube naval de Sesimbra (CNS), a estação náutica de Sesimbra, a fundação oceano azul, e cerca de 9 escolas de mergulho que se associaram a esta iniciativa, entre outros.
Coube à vereadora da CMS com o pelouro do turismo, Argentina Marques, o discurso inicial, agradeceu a presença dos convidados desta cerimónia informal e “dirigir-me ao vereador José Polido em representação do presidente da CMS, ao ex-capitão do porto Comandante Alcobia Portugal e à tenente Rosalino, à Oceanum Liberandum sem eles, não estávamos aqui, ao Rúben, à Débora e à EDP (Francisca e Marta), aos outros parceiros, APSS, Docapesca, o CNS, à presidente da freguesia de Santiago Laura Pinto Correia, e as escolas de mergulho que participaram, numa ação de voluntariado conseguiram que atingíssemos a meta proposta dos 597 mergulhadores da maior limpeza subaquática e das 150 fotografias, o meu muito obrigada a todos”. Acrescentou também: “Atrevo-me a dizer uma frase de Fernando Pessoa: “O mundo é para quem pode conquista-lo e não para quem pensa que pode conquistá-lo” considero que esta frase também está o quem pensa conquistá-lo e a Oceanum Liberandum teve essa conquista, pensou em poder conquistar e conquistou”, concluiu.
Por sua vez os representantes da ONG (Débora e Rúben) dirigiram-se aos presentes: “Em nome da Oceanum Liberandum, esperemos que estejam tão contentes como nós, de tornar Sesimbra um sítio em que estamos todos tão preocupados com o oceano que cada vez mais enfrenta grandes problemas.
“Agradecer também aos centros de mergulho, sem eles não teria sido possível colocar aqui 597 mergulhadores em 12 horas nestas águas, vamos levantar um pouco o véu, que este ano vai haver outra iniciativa, conseguimos já obter o apoio do nosso maior parceiro do ano passado (1ª edição) que é a EDP e os restantes parceiros muitos deles também já deram o ok e o aval para esta iniciativa, que será no dia 27/5/2023, não será só a limpeza subaquática, serão mais de 700 mergulhadores para trazer o segundo recorde para Sesimbra, que é o recorde das 24 horas”. O discurso posterior coube ao principal patrocinador a EDP representada pela (Marta e a Francisca),” agradecer e lembrar que quando o Rúben e a Débora nos desafiaram a atingir o recorde, achamos superinteressante, foi fantástico, mas o motivo primordial é criar um alerta para as pessoas e perceber que nós temos de cuidar do nosso ambiente, desafiar e termos as pessoas envolvidas, mais do que ter um recorde do Guiness foi fantástico e esperamos que este ano vá correr melhor, é a mensagem que queremos passar para todas as pessoas, é o nosso mundo e há que cuidar dele e às vezes não temos noção daquilo que podemos fazer por ele e portanto parabéns a todos os envolvidos e passo a palavra à Francisca”, que no uso da palavra referiu: “Agradecer a todos os que participaram sobretudo ao Rúben e à Débora que acreditaram desde o primeiro minuto e que se lançaram já para o segundo desafio ambicioso e que nós temos todo o gosto em apoiar e acreditamos genuinamente na vossa missão e da Oceanum Liberandum”.
“Tó Zé Correia” como habitualmente é conhecido, coordenador das estações náuticas de Portugal e ex-autarca da cidade de Peniche usou da palavra, agradeceu o convite e afirmou “a surpresa de poder partilhar aqui algumas palavras, fundamentalmente permitam-me dar os parabéns à vossa organização, às vezes não é a dimensão da organização que faz as coisas, é exatamente os grandes desafios e que nos fazem assim acompanhar pela fundação Oceano Azul, a EDP, daqueles que conheço assim mais e pela âncora que habitualmente e aquilo que conseguiram mobilizar dos cidadãos, ao fim ao cabo é isso que através dos clubes, enquanto coordenador das estações náuticas, neste momento são 32 estações náuticas, norte a sul, este, oeste, quando se olha para aquilo que é o conceito um pouco abstrato duma estação náutica, há um conjunto de objetivos a que a estação náutica também está vinculada, objetivos de acessibilidade, turismo inclusivo, prática escolar desportiva ao nível das atividades náuticas e há uma outra que tem a ver com as questões da sustentabilidade, esta ação é uma das que se insere muito bem, no âmbito daquilo que é o plano de turismo mais sustentável 2020-2023 e que as estações náuticas também se comprometeram a trabalhar e a contribuir para a literacia, por isso não podia estar mais que satisfeito”.
Sérgio Faias, representando a Docapesca, endereçou os cumprimentos ao CNS, “por nos receber aqui nas instalações, também à CMS, representada pelos vereadores, Argentina Marques, José Polido e Márcio Souza e a presidente de junta de freguesia de Santiago Laura Pinto Correia”. “Um conjunto de outras entidades, a fundação azul e a EDP e aos parceiros Capitão do Porto e a Tenente Rosalino, parceiros que estão sempre com este espirito de entreajuda, e capacidade de movimentar-nos as nossas capacidades para o bem de todos e penso que este foi um momento muito importante principalmente para aqueles dois jovens que se empenharam de corpo e alma para bater este recorde e este recorde tem a importância do seguinte: de chamar seja a comunicação social, seja a comunidade em si, para um problema, que é o problema de garantirmos que temos os oceanos saudáveis. Ao longo dos anos não se olhou para aquilo que estava por baixo da superfície do mar e tentou-se olhar para o lado e hoje em dia temos de enfrentar este problema. Desde alguns anos já as próprias nações unidas com os seus ODS 14 (Objetivos de desenvolvimento sustentável), definiram a sustentabilidade dos oceanos sem a capacidade de renovação”.
Salientou que “Os pescadores são os primeiros defensores dos oceanos saudáveis, e de termos cada vez um mar limpo e saudável a vida deles depende de termos um mar limpo, da capacidade de nos unirmos e ajudarmos a limpar o lixo marinho, 80% chega ao mar através dos rios, das atividades que se fazem através de outras áreas”.
Recordou que em 2015 foi lançado e no ano de 2016 aprofundou-se, temos cerca de 21 portos ao longo de todo o Portugal, aderentes por um projeto “Pesca por um mar sem lixo” envolve as comunidades piscatórias na limpeza daquilo que é o mar e na limpeza daquilo que são os portos. São 4000 pescadores aderentes, as embarcações trazem lixo e procede-se à gestão adequada dos resíduos que vêm nas suas redes para ser levado para os aterros”.
Terminou afirmando que “sem um oceano limpo e sem um mar saudável, Portugal não tem futuro”.
Ricardo, representando uma das escolas de mergulho participantes referiu: “Quem está de parabéns é quem organizou e também todas as escolas que participaram, foi uma pena que houve algumas que não se juntaram ou porque não acreditaram no projeto, ou porque não acreditam na necessidade em salvaguardar o mar, a ver se todos convencemos todas as escolas a estarem presentes na próxima iniciativa”.
O último discurso coube a José Polido, vereador em representação do presidente CMS Francisco Jesus.
“A CMS está muito bem representada por nós três, Argentina Marques vereadora com o pelouro do turismo e ao vereador Márcio Souza, um cumprimento muito especial para o CNS que acolheu a iniciativa, dois cumprimentos muito especiais: a EDP (patrocinador) e à Oceanum Liberandum que realizou a iniciativa, Corroboro com as palavras do senhor presidente da Docapesca, que falou, sou o maior defensor também do que se disse aqui, cumprimentar o ex-presidente da câmara de Peniche que nos acompanha aqui, as autoridades marítimas, a presidente de junta de freguesia de Santiago, escolas mergulho, a APSS, a todos vós, até chegarmos aqui foi percorrido um longo caminho, recordo-me que quando vim para a autarquia, quem exerce hoje a atividade de mergulho, antigamente vestia-se a céu aberto, nas antigas instalações da antiga doca/lota, foram criadas sinergias entre a Docapesca, a APSS, a CMS e o clube naval de Sesimbra, criadas as condições e daí foi possível realizar-se esta iniciativa, que muito nos agrada a todos nós, portanto é um exemplo das sinergias e das vontades de todas as partes, para conseguirmos levar a bom porto um projeto relevante para a nossa comunidade, que põe Sesimbra na ribalta do mundo, nas questões dos oceanos e às limpezas e ao mergulho, somos bafejados por termos esta baía única no mundo. Estou muito feliz por esta operação, que teve o apoio do gabinete do turismo desde a primeira hora, foi uma iniciativa criada há alguns anos, foram 20 entidades que colaboraram com esta iniciativa e todos estão de parabéns”. Posteriormente procedeu-se à entrega dos troféus aos vários intervenientes desta iniciativa e por fim realizou-se uma degustação com os produtos típicos de Sesimbra.
João Silva
